Preciso abandonar-me por um tempo indeterminado e encontrar algo objetivamente subjetivo.
Preciso dormir mais, preciso de amor. Preciso de um porre e uma flor.
Preciso da vida, preciso da morte. Preciso de objetivos sem rumos definidos.
Preciso de você, preciso de mim, sem adjetivos e sem substantivos.
Preciso de uma vida nova dentro de uma estrada velha e de faróis de neblina.
Preciso de pneus para dias de chuva e óculos de sol para me tornar invisível e ver outros olhos, e ficar anônimo aos olhos do mundo.
Preciso de pipocas para saltar de novo no desconhecido e amarrá-las em infinitos vagalumes para as noites escuras.
Preciso não precisar de coisa alguma e conseguir me encontrar dentro de uma floresta tecnológica e sentir o coração pulsar sem baterias.
Preciso ficar só e deixar uma multidão sair de dentro do meu mundo, e sentir de novo o meu espaço e o doce vazio.
Preciso falar no vácuo para que as palavras sejam mudas e desintegrem os meus pensamentos sem cor.
"Preciso só de um tempo, para devolver os intervalos que roubei do próprio Tempo, e assim ser absolvido junto as nuvens, que se esmaecem numa brisa suave de uma tarde de sol." (Ricardo Ribeiro )
3 comentários:
Não estará abandonado, pois somos muitos de amizade sincera e amor universal te supriram o tempo necessário.
somos ou formamos uma "união de abandonados"...relaxe e deite-se em uma rede sob árvores e ouça os sons das pipócas,perceba o tempo do balanço e perca-se nesse instante...
amei!! tudo que vi de você hoje! abraços!!!
OBRIGADO PELAS PALAVRAS ANA ANGELA...ABRAÇOS
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