sábado, 2 de julho de 2011

PRECISO DE UM TEMPO

Preciso abandonar-me por um tempo indeterminado e encontrar algo objetivamente subjetivo.

Preciso dormir mais, preciso de amor. Preciso de um porre e uma flor.

Preciso da vida, preciso da morte. Preciso de objetivos  sem rumos definidos.

Preciso de você, preciso de mim, sem adjetivos e sem substantivos.

Preciso de uma vida nova dentro de uma estrada velha e de faróis de neblina.

Preciso de pneus para dias de chuva e óculos de sol para me tornar invisível e ver outros olhos,  e ficar anônimo aos olhos do mundo.

Preciso de pipocas para saltar de novo no desconhecido e amarrá-las em  infinitos vagalumes para as noites escuras.

Preciso não precisar de coisa alguma e conseguir me encontrar dentro de uma floresta tecnológica e sentir o coração pulsar sem baterias.

Preciso ficar só e deixar uma multidão sair de dentro do meu mundo, e sentir de novo o meu espaço e o doce vazio.

Preciso  falar no vácuo para que as palavras sejam mudas e desintegrem os meus pensamentos sem cor.

"Preciso só de um tempo, para devolver os intervalos que roubei do próprio Tempo, e assim ser absolvido junto as nuvens, que se esmaecem numa brisa suave de uma tarde de sol."        (Ricardo Ribeiro ) 

3 comentários:

Cristiane Alves disse...

Não estará abandonado, pois somos muitos de amizade sincera e amor universal te supriram o tempo necessário.

Ana Angela disse...

somos ou formamos uma "união de abandonados"...relaxe e deite-se em uma rede sob árvores e ouça os sons das pipócas,perceba o tempo do balanço e perca-se nesse instante...

amei!! tudo que vi de você hoje! abraços!!!

Ricardo Dih Ribeiro disse...

OBRIGADO PELAS PALAVRAS ANA ANGELA...ABRAÇOS

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