terça-feira, 28 de setembro de 2010

Vida plena dentro de um contexto de tempo e realidade.

Percebemos que a crítica de Nietzsche frente a lógica e o conhecimento, segue num raciocínio de desfacelamento da maioria dos padrões existentes, em confronto direto com o pensamento de sua época, descartando toda verdade imposta.


Pensamos que o viver plenamente é possível dentro de um contexto de tempo e realidade, talvez como aconteceu com o próprio Nietzsche quando o mesmo, se desalojou de si mesmo, da segurança que lhe foi imposta, no qual todos ainda estavam condicionados.

Pois uma realidade não existe em si mesmo, ou seja, apenas possui sentido na experiência pessoal do próprio sujeito.

Maria Regina Manetta Algarra

Ricardo Tadeu Ribeiro -

terça-feira, 14 de setembro de 2010

AMIZADE OU ESTADOS EGOCÊNTRICOS

A amizade é uma virtude extremamente necessária para as relações humanas. Independente de possuirmos diversos bens, riqueza, saúde, poder, pois sem ela, nos falta um ingrediente essencial para a continuidade desta relação.


Na ética Aristotélica, é mostrado que deve existir mais de uma forma de amizade, apresentado em três espécies de objetos de amor:

o que é bom,

o que é agradável,

o que é útil,

Se observarmos mais de perto, iniciamos uma relação de amizade, partindo sempre do atendimento egocentico para o empático, ou seja, pensamos em nós mesmos e logo em seguida no outro, (eu existo), até o momento que pensamos nos dois estados ao mesmo tempo (eu existo e o outro também existe), até um momento em que pensamos no outro em primeiro lugar, pois entendemos que sem o outro não existimos.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

O Homem Civilizado e os Animais

Em um tempo não muito distante, o homem dito civilizado tinha hábitos que seriam completamente condenados pela sociedade atual. Há pouco mais de um século, escravizar seus semelhantes era considerado algo moralmente aceito por muitos.

No Brasil Colônia, estima-se que mais de 3 milhões de africanos foram trazidos para trabalharem como escravos nas lavouras. Nessa época, o tráfico de escravos era  atividade mais lucrativa do sistema colonial.

Antes de partirem rumo à travessia do Atlântico, homens, mulheres e até crianças tinham seus corpos marcados a ferro quente. Dentro das embarcações, o cenário era o mais tenebroso possível. Acorrentados até a alma, se quisessem manter as últimas esperanças de vida, se é que ainda existiam, os africanos tinham que sobreviver à superlotação dos porões, à alimentação precária, à completa falta de higiene e aos maus-tratos do homem civilizado.

Ao aportar no Novo Mundo, era comum metade dos africanos chegarem mortos. A escravidão e a cruel atividade do tráfico eram aceitas pelo Estado e, até mesmo, pelo ´amor incondicional` da Igreja. Para a sorte dos escravos, algumas pessoas indignadas começaram um movimento para colocar um fim em toda essa vergonha.

Olhando para esse passado não muito distante, o que o dito homem civilizado pratica hoje com os animais não difere muito. Considerado seres inferiores, os animais são marcados a ferro quente, aprisionados em minúsculas jaulas, sofrem os mais cruéis maus-tratos....São escravizados e assassinados aos bilhões em nome do bel-prazer e do lucro do homem civilizado.

Por mais bondoso que possa parecer melhorar as condições de vida dentro dos abatedouros, isso nao passa de um mero conforto moral. De nada adianta diminuir o número de chibatadas enquanto continuamos a escravizar e a roubar a vida de nossos semelhantes não-humanos.

Já passou do tempo de considerar civilizado aquele que não trata com respeito e igualdade os animais.

REVISTA DOS VEGETARIANOS
MARCO CLIVATI

domingo, 5 de setembro de 2010

“Todo psicoterapeuta não só tem o seu método: ele próprio é esse método.”


Não brigue contra o rio, torne-se a água. Não brigue contra o vento...torna-se o ar. Não  brigue com as defesas...seja apenas a Paz que o outro procura.

FREUD - CADA VEZ MAIS VIVO


O médico austríaco volta ao foco das discussões 150 anos depois do seu nascimento.E prova que continua sempre presente.


Nos anos 1980, ele foi dado como intelectualmente morto. Hoje, 150 anos após seu nascimento, não é tão fácil propagar a invalidade das idéias do médico austríaco Sigmund Freud (1856-1939), pai da psicanálise e o grande nome da psicologia em todo o mundo.



Apesar de certos conceitos freudianos estarem largamente ultrapassados, mesmo seus detratores concordam que suas proposições acerca da existência do inconsciente foram precisas. E, com o desenvolvimento cada vez maior da tecnologia aplicada à neurociência, algumas idéias do psiquiatra começam a retomar um pouco da força que possuíam no começo do século 20.



Outras foram enterradas definitivamente. Como a "inveja do pênis", o conceito de que a vaidade das mulheres era, em parte, uma conseqüência de um sentimento de inferioridade física pela ausência do órgão sexual masculino. O universalismo do complexo de Édipo e a sexualidade infantil também estão "fora de moda". "Não acredito que essas idéias representem um papel importante na psicoterapia hoje", diz Irvin Yalom, professor de psiquiatria da Universidade de Stanford.



Uma das primeiras escolas da psicologia, quando esta começou a se separar da filosofia, a psicanálise tem como principal ferramenta a associação livre, uma interpretação das palavras proferidas pelo paciente e que remetem a outras, sucessivamente. "Essa técnica é um instrumento fundamental na psicanálise. Ela é subjetiva, e é este seu ponto forte", diz Plinio Montagna, diretor científico da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo. É a partir das associações do paciente que se dão as conclusões do analista em relação ao que se passa em seu inconsciente. "Para mim, a psicanálise é muito mais uma exploração do aprendizado sobre si mesmo do que um modo efetivo de terapia", opina Yalom. "A psicanálise nunca estabeleceu sua eficácia terapêutica", completa Frederick Crews, professor da Universidade de Berkeley. "Uma das evidências disso é o desaparecimento da psicanálise dos principais jornais de psicologia e do currículo das universidades", defende. "Ela tem sido uma terapia ´tamanho único´ para qualquer tipo de ´neurose´, termo que não é mais tomado como significativo pelo ´Manual Diagnóstico e Estatístico de Doenças Mentais´, a bíblia da psiquiatria", critica Crews. "A psicanálise tem uma lógica muito bem montada, e suas teorias não são infundadas. Mas nunca foi científica", pondera o psicólogo Gilberto Godoy, professor do Instituto Brasiliense de Análise do Comportamento.



A psicanálise não está ultrapassada. Se ela estivesse, não haveria tanta gente insistindo em afirmar sua morte, e isso há mais de uma década", opina Monah Winograd, coordenadora do curso de extensão em psicanálise e neurociência da PUC-Rio. "É verdade que as referências à psicanálise vêm diminuindo nas principais revistas internacionais de psicologia, segundo um levantamento de 1998 citado por John Horgan. Mas isto significa somente que a presença da psicanálise é sentida, agora, de modo indireto", afirma.



Se no campo da psicologia a influência freudiana pode estar se tornando mais tênue, a psicanálise vem ganhando espaço, nas últimas décadas, em outro terreno: a neurociência. "A psicanálise é filha da neurologia, a parte da medicina preocupada com os transtornos do funcionamento do cérebro humano", conta Monah. Após graduar-se em medicina, Sigmund Freud tomou gosto pela pesquisa científica em neuroanatomia. No laboratório de Ernst Brücke, onde trabalhou entre os anos de 1876 a 1882, aprendeu a fazer pesquisa experimental com os sistemas nervosos dos peixes. "Sua produção sobre as células nervosas da lampreia é um registro da sua atividade como pesquisador nessa área", relata a psicanalista. Posteriormente, trabalhando no laboratório do neurologista e neuroanatomista Theodor Meynert e fazendo residência em neurologia clínica, Freud voltou-se para os sistemas nervosos dos humanos. "Ele embrenhou-se nas discussões em torno da localização cerebral dos processos psíquicos envolvidos na linguagem", descreve Monah. Como resultado da experiência adquirida no laboratório e no Hospital Geral de Viena, publicou em 1891 um trabalho sobre a afasia (perda ou diminuição da capacidade de entender palavras).



Um exemplo da relação frutífera entre a psicanálise e a neurociência está em trabalhos como o do neurologista Diego Centonze, autor de uma pesquisa sobre memória na Universidade Tor Vergata, na Itália. Ele afirma, em um de seus artigos, que recentes avanços na neurociência vêm confirmando idéias cruciais de Freud. "A hipótese de que a origem das doenças mentais situa-se na impossibilidade de o indivíduo apagar os efeitos de um evento adverso está em sintonia com a visão de que muitos distúrbios psiquiátricos refletem a ativação de processos anormais e inconscientes da memória", declara.



Sigmund Freud claramente ul-trapassa as fronteiras da teoria que criou. "Ele é muito mais do que o criador da psicanálise. O último capítulo de seu primeiro livro ("Estudos da Histeria", escrito em parceria com Josef Breuer) delineou todos os componentes principais da psicoterapia que seriam desenvolvidos nos 100 anos seguintes", afirma Irvin Yalom. Porém, como sua teoria foi a que mais cresceu desde o surgimento da psicologia, também foi a que atraiu mais contestação. "A psicanálise vem sendo alvo de vários questionamentos e cobranças. Vivemos uma certa ´desidealização´, talvez decorrente de um período em que ela era vista como uma panacéia para muitos males", interpreta o psicanalista Wilson Amendoeira, ex-presidente da Associação Brasileira de Psicanálise. "Penso que as críticas atuais se incluam principalmente na crise geral mais ampla que decorre da mudança dos referenciais – os do humanismo pelos do tecnicismo, numa tentativa desesperada e angustiante de acompanharmos a velocidade das transformações do nosso tempo. Assim como de atender às exigências impostas por uma ideologia pautada em um pragmatismo de resultados, eficácia e desempenho."



Sejam quais forem as razões para as contestações contra a psicanálise, a teoria está longe de desaparecer, assim como a figura de Sigmund Freud está distante de perder sua importância. Porém a psicanálise precisa manter-se sempre dinâmica para continuar sendo aceita, e mais estudos científicos são necessários para que ela possa voltar a alcançar o mesmo status que um dia já teve.



Espelho da mente



Freud delineou os processos do ego, superego e ID no cérebro A representação da mente, desenhada pelo pai da psicanálise em 1933, mostra com as linhas pontilhadas as fronteiras entre o consciente e o inconsciente. Apenas a protuberância na parte de cima corresponde ao consciente. Mapeamentos neurológicos recentes mostram algumas correspondências com suas idéias. O tronco cerebral e o sistema límbico, responsáveis pelos instintos, podem ser associados ao ID. As regiões ventral e dorsal frontais do córtex, que controlam a inibição e a autocrítica, podem ser relacionadas com o ego e o superego. Assim como a parte posterior do córtex, que representaria o "mundo exterior".

"A psicanálise terá de se adaptar"

O fisiologista americano Eric Kandel, de 80 anos, recebeu o Prêmio Nobel de Medicina em 2000 por seus estudos sobre como a memória é formada e armazenada. Nascido na Áustria, Kandel começou sua carreira interessado em descobrir a localização cerebral do ego, do id e do superego – as três instâncias formadoras da personalidade, segundo a psicanálise. Com o tempo, ele enveredou na pesquisa sobre o que acontece dentro dos neurônios durante a memorização. Kandel concedeu a seguinte entrevista a VEJA, de seu escritório na Universidade Colúmbia, em Nova York:




Como o senhor define a neurociência?

A neurociência trata do último grande mistério no universo científico: a natureza da mente humana. O que nos permite ser criativos, ter fantasias, pensar, tomar decisões e perceber o mundo? Essas habilidades incríveis do cérebro humano são o que os neurocientistas tentam desvendar.



Como as descobertas sobre o funcionamento da memória podem ser comparadas aos avanços da genética, no século passado?

A brilhante descoberta da estrutura do DNA resultou num único padrão que explica todo o processo de duplicação desse ácido que é a essência da vida e de produção de proteínas. Com o cérebro, é diferente. Não há uma única explicação para o funcionamento das memórias. Trata-se de um conjunto de normas, que podem ser comparadas às leis da física.



Se a ciência do cérebro fosse uma estrada de 100 quilômetros, quanto do percurso já teríamos percorrido? Eu diria que estamos entre os quilômetros 10 e 20. Estamos a 100 anos de chegar ao fim da estrada, quando o funcionamento do cérebro será totalmente conhecido.



Há um limite biológico para o volume de memória que o cérebro consegue guardar?

Provavelmente não. Mas há um limite para quanto de memória se pode processar em determinado período. Ou seja, o cérebro só consegue lidar com uma quantidade limitada de informação ao mesmo tempo. Quando esse limite é ultrapassado, as informações não são bem codificadas pelo cérebro. E, sem isso, não há memória.



Qual é a grande questão ainda sem resposta no estudo da memória?

Há muitas delas. Uma, por exemplo, é como evocamos uma determinada memória. Já temos uma boa ideia de como as lembranças se formam e são armazenadas. Mas como essas memórias são recuperadas mais tarde? Para o cérebro acessar determinados tipos de memória, é preciso usar a consciência. Conhecemos muito pouco sobre a natureza da atenção consciente. Outra questão é como as memórias são modificadas ao longo da vida.



A psicanálise está ameaçada pelas descobertas da neurociência?

Não. Psicanalistas e psicoterapeutas podem até se beneficiar com isso, mas terão de se adaptar. Eles precisam se familiarizar com as novidades da neurociência. Já existem, por exemplo, estudiosos analisando imagens cerebrais de pessoas com distúrbios mentais, para detectar possíveis anormalidades e descobrir como elas são revertidas com a psicoterapia. As evidências, até agora, são muito estimulantes. Obsessão-compulsão, depressão, neuroses – com todos esses distúrbios já há estudos mostrando como a psicoterapia ou a psicanálise conseguem reverter, em alguns casos, anomalias cerebrais. Os resultados são bons quando o terapeuta, além de tentar entender o que motiva o paciente a agir de determinada maneira, passa a incentivá-lo a mudar seu comportamento presente. Ou seja, faz um tratamento mais orientado para o aqui e agora. Os estudos de neuroimagem mostram que esse é um método bastante eficiente para certos casos.

OFICIALMENTE VELHO



OFICIALMENTE VELHO



Neste mês de dezembro completo 70 anos: diz Leonardo Boff.



Pelas condições brasileiras, me torno oficialmente velho. Isso não significa que estou próximo da morte, porque esta pode ocorrer já no primeiro momento da vida. Mas é uma outra etapa da vida, a derradeira.



Esta possui uma dimensão biológica, pois irrefreavelmente o capital vital se esgota, nos debilitamos, perdemos o vigor dos sentidos e nos despedimos lentamente de todas as coisas.

De fato, ficamos mais esquecidos, quem sabe, impacientes e sensíveis a gestos de bondade que nos levam facilmente às lágrimas.



Mas há um outro lado, mais instigante.

A velhice é a última etapa do crescimento humano.

Nós nascemos inteiros. Mas nunca estamos prontos. Temos que completar nosso nascimento ao construir a existência, ao abrir caminhos, ao superar dificuldades e ao moldar o nosso destino.



Estamos sempre em gênese. Começamos a nascer e, vamos nascendo em prestações ao longo da vida até acabar de nascer; quando então entramos no silêncio e morremos.



A velhice é a última chance que a vida nos oferece para acabar de crescer, madurar e finalmente terminar de nascer.

Neste contexto, é iluminadora a palavra de São Paulo: "NA MEDIDA QUE DEFINHA O HOMEM EXTERIOR, NESTA MESMA MEDIDA REJUVENESCE O HOMEM INTERIOR"(2Cor 4,16).



A velhice é uma exigência do homem interior.

Muitas vezes perguntamos: Que é o homem interior?

O homem interior é o nosso eu profundo, o nosso modo singular de ser e de agir, a nossa marca registrada, a nossa identidade mais radical. Identidade esta que devemos encará-la face a face.

Ela é pessoalíssima e se esconde atrás de muitas máscaras que a vida nos impõe.

Pois a vida é um teatro no qual desempenhamos muitos papéis:

Eu, por exemplo, fui franciscano, padre, agora leigo, teólogo, filósofo, professor, conferencista, escritor, editor, redator de algumas revistas, (inquirido pelas autoridades doutrinais do Vaticano), submetido ao "silêncio obsequioso" e outros papéis mais. Mas há um momento em que tudo isso é relativizado e vira pura palha. Quando então deixamos o palco, tiramos as máscaras e nos perguntamos:

Afinal, quem sou eu?

Que sonhos me movem?

Que anjos que habitam?

Que demônios me atormentam?

Qual é o meu lugar no desígnio do Mistério?

Na medida em que tentamos, com temor e tremor, responder a estas indagações vem à lume o homem interior e a resposta nunca é conclusiva; perde-se para dentro do Inefável.

Este é o verdadeiro desafio para a etapa da velhice.

Então nos damos conta de que precisaríamos muitos anos de velhice para encontrar a palavra essencial que nos defina.



Surpresos, descobrimos que não vivemos porque simplesmente não morremos, mas vivemos para pensar, meditar, rasgar novos horizontes e criar sentidos de vida.

Especialmente para tentar fazer uma síntese final, integrando as sombras, realimentando os sonhos que nos sustentaram por toda uma vida, reconciliando-nos com os fracassos e buscando sabedoria.

É ilusão pensar que esta sabedoria vem com a velhice. Ela vem do espírito com o qual vivenciamos a velhice como a etapa final do crescimento e de nosso verdadeiro Natal.



Por fim, o que importa preparar o grande Encontro.

A vida não é estruturada para terminar na morte, mas para se transfigurar através da morte.

Morremos para viver mais e melhor, para mergulhar na eternidade e encontrar a Última Realidade, feita de amor e de misericórdia.

Aí saberemos finalmente quem somos e qual é o nosso verdadeiro nome.

Nutro o mesmo sentimento que o sábio do Antigo Testamento: "contemplo os dias passados e tenho os olhos voltados para a eternidade".



Por fim, este jovem ancião alimenta dois sonhos: o primeiro é escrever um livro só para Deus, se possível com o próprio sangue; e o segundo, impossível, mas bem expresso por Herzer, menina de rua e poetisa:

"eu só queria nascer de novo, para me ensinar a viver". Mas como isso é irrealizável, só me resta aprender na escola de Deus.

Parafraseando Camões, completo: Mais vivera se não fora, para tão longo ideal, tão curta a vida.



Leonardo Boff é teólogo

Menestrel do Amor

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Banquete Divino

Poderíamos relacionar o Amor fazendo uma analogia a um banquete alimentar, em que temos os diversos alimentos disponíveis. Sendo que na primeira fase comeríamos e beberíamos em demasia tudo, preocupando-se exclusivamente com nossas necessidades primárias de fome e sobrevivência, numa segunda fase ainda preocupados conosco e já saciados da sensação do primeiro momento, nos apossaríamos do alimento como nosso direito único e inalienavel, seríamos os seus donos legítimos. Já na terceira fase faríamos um seleção mais nobre do que desejamos em detrimento de outros que rejeitaríamos por percebermos não tão saudáveis, belos e apetitosos. Na quarta fase procuraríamos apenas o essencial e avisaríamos os outros sobre a existência do banquete. Na quinta fase comeríamos juntos com outros e finalmente na sexta fase, faríamos o alimento, serviríamos e levaríamos aos famintos no qual éramos no início.




No Banquete de Amor, partiríamos daquele amor que fala Platão em que o lobo sente pelo cordeiro, para o amor da contemplação, além do belo, além do verdadeiro, além do bem, no doar-se, no movimento do dar.

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