segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Mistérios da Alma

Aqui vai a segunda e última parte da preciosa reflexão de Ghandi.


Como nos domínios da natureza, o verdadeiro poder do homem não consiste em atos de violência física, mas sim numa atitude de presença metafísica; não se trata de fazer algo, mas de ser alguém. Quando um homem conquista o verdadeiro poder, toda a antiga violência acaba em benevolência. A violência é sinal de fraqueza, a benevolência é indício de poder. Os grandes mestres sabem ser severos e rigorosos sem renegarem a mais perfeita mansuetude e benevolência. Essa poderosa força, na qual todos estamos

mergulhados, mantém o universo em movimento, cria novos mundos a cada instante, faz pulsar o coração dos abutres e dos colibris, dos bandidos e dos homens de bem, na mais harmoniosa mansidão.

Até mesmo a morte, mensageira da liberdade, chega de mansinho e, como hábil cirurgiã, rompe os laços que prendem a alma ao corpo, libertando-a do

cativeiro físico. Assim se expressa o verdadeiro poder: sem ruído, sem alarde e sem violência... Sempre que a palavra poder lhe vier à mente, lembre-se do Sol e de sua incontestável mansuetude: nasce e se põe em profunda quietude; move gigantescos sistemas planetários, mas penetra suavemente pela vidraça de uma janela sem a quebrar. Acaricia as pétalas de uma flor sem a ferir, e beija as faces de uma criança

adormecida sem a acordar.

Em tempos de tanta violência e de tanta ambição de poder, estas palavras, plenas do verdadeiro poder – o poder da razão, devem ser lembradas e transmitidas.

Luiz Alberto Py de Mello e Silva

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